Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.
Durante a década de 90, vírus de computadores eram criados em maior parte com o intuito de atrapalhar a vida das pessoas com algumas "brincadeiras" que, eventualmente, causavam perda de dados. Hoje, no entanto, as pragas digitais são criadas para o ganho financeiro do criador ou do utilizador. Entenda como hackers transformam os vírus em um "negócio" na coluna Segurança Digital de hoje.
Outros usos da conexão incluem o envio de spam (que, como já dito, é cobrado) e a realização de "fraude de cliques", quando o computador é instruído a clicar em um "anúncio", que é cobrado do anunciante, levando dinheiro ao golpista. Embora pareça algo simples, uma única praga, segundo especialistas da Kindsight, chegou a gerar R$ 1,8 milhão de prejuízo a anunciantes por dia com cliques fraudulentos.
Já os recursos de processador do computador são úteis para tarefas intensivas nessa área, como a mineração de moedas de Bitcoin e a quebra de códigos que guardam senhas.
Para gerenciar todas essas tarefas, o hacker monta o que se chama de uma "rede zumbi" com os computadores infectados. Os computadores "zumbis" ficam a serviço do hacker, realizando essas atividades e sendo controlados em grupos em vez de individualmente.
Esses "antivírus" são frequentemente instalados por vírus, mudam de nome e marca o todo tempo e supostamente "compensam" o criador do vírus por meio de um programa de parceria, no qual o vírus ganha uma comissão por ter "recomendado" o antivírus. Dessa forma, às vezes é difícil ligar diretamente o vírus ao software fraudulento.
Outra forma de sequestro do computador é mais direta: o software interrompe totalmente o funcionamento do sistema e exige que o usuário pague para tê-lo de volta. Em outros casos, o vírus é capaz de codificar os dados pessoais da vítima antes de exigir o "resgate", que pode, às vezes, ser pago pelo celular via SMS.
Antivírus falsos são comuns no mundo todo, enquanto o sequestro direto é mais comum em países do leste europeu, especialmente na Rússia - região que se acredita ser origem de boa parte dessas fraudes.
No caso dos vírus, o objetivo da praga é apenas enviar repetidamente mensagens para números de serviço. Isso aumenta a conta de telefone da vítima e repassa recursos diretamente ao responsável pelo número, gerando assim um ganho financeiro.
Mesmo que um hacker não tenha interesse em realizar nenhuma dessas atividades, ele pode programar ferramentas que as realizam, ou mesmo apenas auxiliam de alguma forma outros hackers, e isso pode ser comercializado.
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